29 de outubro de 2011

CENTENÁRIO DE NELSON CAVAQUINHO

Nelson Antônio da Silva nascido em 29 de janeiro de 1911, se estivesse vivo completaria hoje 100 anos.
Nelson Cavaquinho era seu nome artístico, estudou até o 3º ano primário para começar a trabalhar em uma fábrica de tecidos e não demorou para sair desse emprego assim como em muitos que arranjou.
Autodidata  aprendeu a tocar cavaquinho e violão sozinho, foi cantor, compositor e poeta.
A morte era personagem assídua em suas canções, suas letras são de uma simplicidade impressionante, como somente os grandes gênios conseguem fazer, não há um verso ou nota a mais que o necessário.  
Com 20 anos, foi obrigado a se casar com Alice. Para garantir o sustento, o pai, Brás, falsificou a idade para 21 anos e arrumou para ele ser cavalariano da Polícia Militar. Mas, como policial, Nelson Cavaquinho continuaria a ser ótimo boêmio.
Totalmente desapegado de bens materiais era capaz de no final de uma madrugada distribuir todo dinheiro ganhado em um show pelos mendigos e prostitutas. Ficando até mesmo sem ter como pagar a condução de volta para casa.
Vendeu grande parte de sua produção e pagou dívidas dando parcerias a desconhecidos.
Apaixonado pela Estação Primeira de Mangueira compôs várias músicas em homenagem a sua escola, que contribuiu todo essa paixão com uma homenagem ao mestre no carnaval deste ano.
Dentre várias pérolas deixadas por Nelson Cavaquinho como: A Flor e o Espinho, Juízo Final, Folhas Secas, Tatuagem foi difícil escolher uma, mas optei por essa que acho belíssima "Prato de Poeta" na voz rouca do próprio Nelson Cavaquinho.




 

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