Nascido em Itabira em 31 de outubro de 1902 Carlos Drummond de Andrade formou-se em farmácia, durante a maior parte de sua vida trabalhou como funcionário público, mas gostava mesmo era de escrever. Foi poeta, contista e cronista.
Se estivesse vivo o poeta completaria hoje 109 e por isso ganhará uma homenagem batizada de "DIA D" que contará com uma diversificada programação inspirada em sua obra.
Segundo o idealizador da homenagem o poeta Eucanaã Ferraz: "não há em toda a literatura brasileira alguém que tenha experimentado tanto quanto Drummond. Não houve aventura poética, seja no que diz respeito ao estético, ao existencial ou ao linguístico, que Drummond não tenha topado”.
Mais detalhes sobre a data você encontra no site: http://diadrummond.ims.uol.com.br
Bom para finalizar e homenagear esse grande poeta optei por um poema que para mim é um dos mais belos...
AUSÊNCIA
"Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim".
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim".
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