A lágrima tímida
Que rola
E escorre
No canto do olho
Não conseguirá
Moldar
O coração esfarelado
Que está dentro.
Um coração
Que não sai,
Não se mistura
Ao sangue,
Ao suor,
Que não se perde
No meio
Dos outros órgãos
Porque está preso,
Amarrado
Ao peito.
Mas cada pedaço
De seu esfarelamento
Consegue
Fazer doer
Todo o corpo,
Uma dor
Incapaz de se descrever
E de muitos dias
Sobreviver,
Incapaz de serem contados.
Gilsilene Canuto
(16/06/2005 – 23:00)
Um comentário:
Que lindo, é uma artista...
kkkk
Postar um comentário